segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Envergo mas não quebro (Lenine)

Se por acaso pareço
 Que agora já não padeço
 De um mau pedaço na vida

 Saiba que minha alegria
 Como é normal, todavia
 Com a dor é dividida

 Eu sofro igual todo mundo
 Eu apenas não me afundo
 Em sofrimento infindo

 Eu posso até ir ao fundo
 De um poço de dor profundo
 Mas volto depois sorrindo

 Em tempos de tempestades
 Diversas adversidades
 Eu me equilibro, e requebro

 É que eu sou tal qual a vara
 Bamba de bambu-taquara
 Eu envergo mas não quebro

 Eu envergo mas não quebro

 Não é só felicidade
 Que tem fim na realidade
 A tristeza também tem

 Tudo acaba, se inicia
 Temporal e calmaria
 Noite e dia vai e vem

 Quando é má a maré
 E quando já não dá pé
 Não me revolto ou nem queixo

 E tal qual um barco solto
 Salvo do alto mar revolto
 Volto firme pro meu eixo

 E em noite assim como esta
 Eu cantando numa festa
 Ergo o meu copo e celebro

 Os bons momentos da vida
 E nos maus tempos da lida
 Eu envergo mas não quebro

 Eu envergo mas não quebro
 Eu envergo mas não quebro
 Eu envergo mas não quebro

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