terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Empresas de commodities lideram balança


Vaivém - Mauro Zafalon


As commodities continuam impulsionando a balança comercial brasileira, devido aos bons preços atingidos pelas matérias-primas exportadas pelo país neste ano.

As 40 principais empresas exportadoras brasileiras obtiveram US$ 100 bilhões de janeiro a outubro deste ano, 21% mais do que em igual período anterior.

Essa média percentual de crescimento é bem maior quando analisadas as empresas dos setores de mineração, grãos e carnes. Já as do setor industrial praticamente vêm obtendo desempenho semelhante ao de 2010.

Das 40 maiores empresas exportadoras, 30 são ligadas à área de commodities agropecuárias, minerais e de petróleo. Os dados de exportação disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento nesta semana indicam que as empresas da área de mineração, lideradas pela Vale, concentram as maiores receitas: US$ 41 bilhões. O valor supera em 27% o do ano passado.

As empresas de grãos, carnes e celulose vêm a seguir, com receitas de US$ 36 bilhões e evolução de 34%.

Entre as exportadoras de alimentos, a Bunge mantém a liderança e participa com 2,65% de todas as exportações brasileiras no ano. O volume atingido pela empresa foi de US$ 5,6 bilhões, 47% mais do que o de janeiro a outubro de 2010.

O setor de carnes coloca várias empresas na lista das principais exportadores do Brasil. A JBS soma US$ 2,2 bilhões e a Sadia, US$ 2 bilhões.

Na área de grãos, a Noble do Brasil continua subindo na lista das exportadoras e já soma 0,56% das receitas do país, ao atingir US$ 1,2 bilhão neste ano.

Entre as petroleiras, o destaque fica para a Chevron. A empresa obteve receitas de US$ 1,1 bilhão neste ano, com aumento de 157% em relação às de igual período do ano passado.

No setor de sucos, a Sucocítrico Cutrale elevou as receitas para US$ 844 milhões neste ano, 37% mais do que as de janeiro a outubro do ano passado, segundo os dados do ministério.

Avaliações O agronegócio ganha importância no Brasil e a demanda dos bancos por avaliações de ativos relacionados a esse setor vem crescendo rapidamente nos últimos anos.

Garantias Segundo Antonio Lopez, diretor do braço brasileiro da Hilco Appraisal, uma das empresas nesse setor de avaliação, os bancos buscam saber o real valor das garantias oferecidas pelos produtores, como terras e maquinários.

Crédito Cresce também a demanda por serviços de monitoramento de safra, o que permite aos bancos acompanhar o atendimento aos contratos de crédito, afirma o diretor da Hilco Appraisal.

Benefícios Na avaliação de Lopez, essa busca por informações precisas dos bancos para diminuir os riscos de crédito das instituições beneficia o produtor rural, "que consegue juros mais baixos, já que os riscos são minimizados".

Em alta O álcool hidratado foi negociado a R$ 1,2878 por litro nas usinas paulistas nesta semana, com alta de 0,42% em relação à anterior.

Em queda Já o anidro caiu para R$ 1,3784 por litro, com recuo de 0,25% na semana, segundo o Cepea. Nos postos de São Paulo, o etanol foi a R$ 1,96, em média, por litro, com alta de 0,7%, segundo pesquisa da Folha.

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