É um verdadeiro desatino o referido movimento que
propõe a separação dos estados do RS, SC e PR do Brasil e pretende criar uma
espécie de país nórdico ou, como muitos entusiastas e divulgadores da ideia, um
país novo e promissor, que podemos chamar de país nórdico não tupiniquim, com
ares de superioridade.
Certamente, falar sobre este movimento é acender
vela para defunto ruim, especialmente após a decisão do TRE-SC, publicada em
26.07.2016, impedindo a realização de plebiscito. A novidade política de
criação do país nórdico não tupiniquim é uma reação ao fim de um Brasil de
origem, ou seja, por não haver mais a possibilidade de um Brasil como
originário, uma vez que, na opinião dos separatistas, a sociedade brasileira
está contaminada pelo esquerdismo marxista.
Para os desavisados ou coxinhas de uma leitura só, Veja e periféricos, seria a oportunidade de se juntar a pessoas inteligentes que conseguem ver onde os comuns não vêem, verdadeiros gênios da raça, capazes de enxergar onde estão entocados os perigosos esquerdistas vermelhos que, desde a eleição do presidente operário, corroem a nossa sociedade. Só a lucidez desta nova estirpe pode salvaguardar-nos de uma catástrofe maior, ou seja, a degustação de criancinhas no café da manhã.
Pensando bem, estou pretensamente inclinado a aderir, pois o nórdico não tupiniquim é o meu país, e nele não haverá a insídia marxista, bem como não voltarão os comedores de criancinhas. Acabaremos com o insaciável e voraz apetite destes esquerdistas, consubstanciando na vitória do bem sobre o mal.
Assim, após a vitória final, a separação de fato mostrará ao novo povo nórdico nosso verdadeiro propósito, pois somente nós poderíamos travar esta guerra, acabando com estes tipos, quedando somente os homens com sangue azul e sobrenomes estrangeiros. Tal assertiva não é gratuita, uma vez que empunhamos uma bandeira com três estrelas, que representam estados de gente com nomes europeus, sobre um fundo azul, que simboliza a cor do sangue dessa nobreza sulista. Haja paciência, brincadeira tem hora. Esse pessoal que vê o marxismo até na sombra não saberá quando parar ou continuará sendo ridicularizado?
Luiz
Henrique Ortiz Ortiz
Advogado Trabalhista
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