Por Florestan Fernandes Júnior em "Caio Prado Junior, uma biografia política", de Luiz Bernardo Pericás.
"Um dia fui com meu pai visitar o prof. Caio Prado Jr. Ele tinha acabado de fazer sua corrida matinal. Muito suado, contou que, na porta de casa, foi parado por dois rapazes da TFP que lhe entregaram alguns folhetos e alertaram para o perigo do comunismo. Mal sabiam que estavam diante de um comunista histórico.
"Me diga uma coisa, vocês são de família importante?" , perguntou o professor.
- Não!, disseram.
- A minha é muito importante, sou da família Prado, ele disse. Vocês têm tradição?
- Não!, responderam os rapazes.
- Eu tenho, minha família é quatrocentona e temos até brazão. Vocês tem propriedades?
- Não!, mais uma vez responderam.
- Eu tenho, estão vendo essa mansão? É minha. Me digam uma coisa, se vocês não são de família importante, não tem tradição e nem propriedades, por que perdem tempo nas ruas fazendo propaganda pra mim?
Os dois arregalaram os olhos, baixaram a cabeça e foram embora. Caio Prado caiu na risada: "Florestan, me vinguei do Plínio Correia de Oliveira", disse o prof. se referindo ao mentor da Tradição Família e Propriedade, que naquele dia, deve ter perdido dois militantes."
"Me diga uma coisa, vocês são de família importante?" , perguntou o professor.
- Não!, disseram.
- A minha é muito importante, sou da família Prado, ele disse. Vocês têm tradição?
- Não!, responderam os rapazes.
- Eu tenho, minha família é quatrocentona e temos até brazão. Vocês tem propriedades?
- Não!, mais uma vez responderam.
- Eu tenho, estão vendo essa mansão? É minha. Me digam uma coisa, se vocês não são de família importante, não tem tradição e nem propriedades, por que perdem tempo nas ruas fazendo propaganda pra mim?
Os dois arregalaram os olhos, baixaram a cabeça e foram embora. Caio Prado caiu na risada: "Florestan, me vinguei do Plínio Correia de Oliveira", disse o prof. se referindo ao mentor da Tradição Família e Propriedade, que naquele dia, deve ter perdido dois militantes."
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