Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A gente era guri e entre os carros mais populares do Brasil estavam os DKV-Vemag (na verdade, DKW, de Dampf Kraft Wagen, em alemão): um sedã, uma camioneta, o jipe “Candango” e, já no final, um coupé, o Fissore.
Vemag, acredite, significava “Veículos e Máquinas Agrícoslas”, a empresa brasileira que detinha os direitos de fabricação dos alemães da Auto Union – hoje a Audi, subsidiária da Volkswagen).
Quando lançados, tinham metade das peças produzidas aqui e, anos depois, todas elas.
Mas a Volks comprou a Auto Union e passou a “apertar” a Vemag com ameaças de cassar-lhe a licença de uso no Brasil. Tanto fez que comprou a Vemag, anunciando um grande futuro para ela, como você vê no anúncio que reproduzo no alto do post.
Meses depois. a Vemag estava fechada e os DKV saíram de linha, apesar da promessa da VW de que a compra da Vemag, mão era para uma empresa ficar mais fraca, mas as duas mais fortes”.
Repete-se, 60 anos depois, a história com a compra (o nome é este, não se engane com o papo de “joint-venture”) da Embraer pela Boeing.
Não tão rápido, porque a carteira de encomendas da Embraer em jatos de médio porte é imensa.
Nenhuma razão “de mercado” portanto, para vender uma empresa que é, disparado, a maior do mundo neste segmento.
Nem se está vendendo galpões e maquinários para montagem de aeronaves, essencialmente. Vende-se, isto sim, a tecnologia e o conhecimento aeronáuticos que o país desenvolveu em meio século.
A história de que ficaremos com a aviação executiva e a militar é um dourado falso sobre a pílula, porque é a aviação comercial quem dá suporte a estes setores, seja em faturamento, seja em desenvolvimento tecnológico.
E a nova empresa, assumidamente, responderá diretamente à matriz norte-americana.
Os galpões da Vemag, de onde sairiam, segundo a promessa, mais DKV, passaram a servir para a montagem da Kombi VW.
Se não tivermos um governo que impeça esta barbaridade, as plantas da Embraer, em poucos anos, estarão fazendo o mesmo.
A gente era guri e entre os carros mais populares do Brasil estavam os DKV-Vemag (na verdade, DKW, de Dampf Kraft Wagen, em alemão): um sedã, uma camioneta, o jipe “Candango” e, já no final, um coupé, o Fissore.
Vemag, acredite, significava “Veículos e Máquinas Agrícoslas”, a empresa brasileira que detinha os direitos de fabricação dos alemães da Auto Union – hoje a Audi, subsidiária da Volkswagen).
Quando lançados, tinham metade das peças produzidas aqui e, anos depois, todas elas.
Mas a Volks comprou a Auto Union e passou a “apertar” a Vemag com ameaças de cassar-lhe a licença de uso no Brasil. Tanto fez que comprou a Vemag, anunciando um grande futuro para ela, como você vê no anúncio que reproduzo no alto do post.
Meses depois. a Vemag estava fechada e os DKV saíram de linha, apesar da promessa da VW de que a compra da Vemag, mão era para uma empresa ficar mais fraca, mas as duas mais fortes”.
Repete-se, 60 anos depois, a história com a compra (o nome é este, não se engane com o papo de “joint-venture”) da Embraer pela Boeing.
Não tão rápido, porque a carteira de encomendas da Embraer em jatos de médio porte é imensa.
Nenhuma razão “de mercado” portanto, para vender uma empresa que é, disparado, a maior do mundo neste segmento.
Nem se está vendendo galpões e maquinários para montagem de aeronaves, essencialmente. Vende-se, isto sim, a tecnologia e o conhecimento aeronáuticos que o país desenvolveu em meio século.
A história de que ficaremos com a aviação executiva e a militar é um dourado falso sobre a pílula, porque é a aviação comercial quem dá suporte a estes setores, seja em faturamento, seja em desenvolvimento tecnológico.
E a nova empresa, assumidamente, responderá diretamente à matriz norte-americana.
Os galpões da Vemag, de onde sairiam, segundo a promessa, mais DKV, passaram a servir para a montagem da Kombi VW.
Se não tivermos um governo que impeça esta barbaridade, as plantas da Embraer, em poucos anos, estarão fazendo o mesmo.
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