As menos de 44 horas transcorridas entre as imagens de Jair Bolsonaro esfaqueado num calçadão e, na UTI hospitalar, encenando atirar com arma de fogo contam um drama e uma parábola. O drama é o torpe atentado contra o capitão de Artilharia, que cinco dias antes empunhara um tripé, fingira disparar e bravateara, para gozo da multidão que o ovacionava: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre!” A parábola é a do sapo e do escorpião.
A narrativa tem variações nos acabamentos, mas a alvenaria é a mesma. Um escorpião pede para atravessar um lago nas costas de um sapo. O sapo se recusa a dar corona por recear uma picada assassina. O escorpião alega não saber nadar; não envenenaria o anfíbio, porque afundaria junto com ele. O sapo coaxa: “Então, tá”. No meio da travessia, o escorpião o atraiçoa. Agonizando, o sapo pergunta sobre o motivo do gesto suicida. O escorpião esclarece, antes de se afogar: “Porque é da minha natureza”.
Candidato a senador no Rio, o deputado estadual Flávio Bolsonaro tuitou na sexta-feira, 7 de setembro, um dia depois de seu pai ser ferido em Juiz de Fora: “Jair Bolsonaro está mais forte do que nunca e pronto para ser eleito presidente do Brasil no primeiro turno!”.
Na noite do feriado, o general Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, disse em entrevista à Globonews que conversara por telefone com o cabeça da chapa. O candidato a presidente lhe recomendou “moderar o tom”, para “não exacerbar essa questão que está ocorrendo”.
Sincera ou pragmática, a atitude talvez rendesse votos: a vítima apelaria por serenidade e tolerância, repeliria a violência. No sábado, a ilusão ruiu, com Flávio voltando ao Twitter para publicar uma fotografia do pai sentado numa poltrona do hospital Albert Einstein. O paciente simulou tirotear.
A cena colidiu com o recado transmitido por Mourão. Por que Bolsonaro reincidiu na modulação beligerante? Porque é da sua natureza. Noutras palavras, da verve de Ciro Gomes, “ele foi ferido na barriga, mas não mudou nada na cabeça”.
Fator Lula
A facada desferida contra Bolsonaro mereceu solidariedade e compaixão, mas não comoção em larga escala. O Datafolha ouviu 2.804 eleitores anteontem e constatou que, desde 21 de agosto, o representante da extrema direita oscilou de 22% para 24% da preferência, sem romper a margem de erro de dois pontos. Sua rejeição passou de 39% para 43%, muito além do índice de Marina Silva, que vem atrás com 29%.
Há empate quádruplo no segundo lugar da intenção de votos: Ciro Gomes, 13% (cresceu 3 pontos); Marina, 11% (despencou 5); Geraldo Alckmin, 10% (oscilou 1 para cima); e Fernando Haddad, 9%, (mais 5).
A morte do candidato Eduardo Campos foi sucedida em 2014 pela ascensão de sua antiga vice, Marina. Ferido, Bolsonaro patinou no Datafolha. Ele mantém eleitorado fidelíssimo, mas não o expande. Em nova evidência de que é candidato de classe, a Bolsa subiu 1,76% e o dólar caiu 0,94% no dia 6. Os investidores esperavam que o capitão, em quem confiam, disparasse nas pesquisas.
Os assassinatos do governador João Pessoa, em 1930, e do major-aviador Rubens Vaz, em 1954, mudaram ou aceleraram o rumo da história. Em 2018, a agressão a Bolsonaro não teve esse poder. Contra os perseguidores mais colados, três confrontos de segundo turno indicam seu revés. O melhor desempenho é um empate com Haddad (39% a 38% para o petista).
Dos cinco líderes, quem mais avançou foi o ex-prefeito, 125%. E isso que somente ontem, 11 de setembro, ele foi inscrito como candidato oficial à Presidência. Barrado pela Justiça, Lula escreveu uma carta-manifesto. Um trecho: “Nós continuamos vivos no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad”. É provável que o candidato do PT diminua em breve a distância para Bolsonaro. Terá ao lado a vice Manuela D’Ávila. A vigorosa campanha de Ciro possivelmente sofrerá com a descoberta, por muitos eleitores, de que ele não é o predileto do ex-presidente.
Não prevaleceram as previsões de que os adversários de Bolsonaro promoveriam viradas em suas campanhas, escapando de polêmicas com quem convalesce. O sórdido atentado contra o deputado não mitiga a sordidez dos seus ideais. Supor o contrário, e por isso tratar com indulgência o discurso obscurantista, seria contribuir para a derrota da democracia em outubro.
Jogral sombrio
À facada em Bolsonaro sobreveio o jogo duro de dois dos mais influentes oficiais do Exército. O general Mourão, na reserva remunerada. E o comandante da Força, general Eduardo Villas Bôas, no serviço ativo. Na Globonews, com a naturalidade de quem avisa não querer cebola na pizza de calabresa, o candidato a vice tratou como razoável o que ele reconheceu como “autogolpe” de um governante. “O presidente da República pode decidir empregar as Forças Armadas”; “é um autogolpe, você pode dizer isso”. “É uma hipótese”, adoçou, e não receita salgada para consumo imediato.
Mourão não tem mais nem um pelotão para dar ordens, ao contrário de seu conterrâneo gaúcho Villas Bôas. Em entrevista a O Estado de S. Paulo, o chefe do Exército associou a tentativa de homicídio contra Bolsonaro à legitimidade do próximo governante:
“O atentado confirma que estamos construindo dificuldade para que o novo governo tenha uma estabilidade, para a sua governabilidade, e podendo até mesmo ter sua legitimidade questionada. Por exemplo, com relação a Bolsonaro, ele não sendo eleito, ele pode dizer que prejudicaram a campanha dele. E, ele sendo eleito, provavelmente será dito que ele foi beneficiado pelo atentado, porque gerou comoção”.
Indagado pela repórter Tânia Monteiro sobre o registro da candidatura Lula, negado pelo Tribunal Superior Eleitoral, Villas Bôas tornou a abordar a legitimidade do eleito: “Preocupa que este acirramento das divisões acabe minando tanto a governabilidade quanto a legitimidade do próximo governo. Nos preocupa também que as decisões relativas a este tema sejam definidas e decididas rapidamente, de uma maneira definitiva, para que todo o processo transcorra com naturalidade”.
O comandante reiterou sua obsessão, ao opinar sobre a determinação do Conselho de Direitos Humanos da ONU para o ex-presidente ser opção nas urnas: “É uma tentativa de invasão da soberania nacional. Depende de nós permitir que ela se confirme ou não. Isso é algo que nos preocupa, porque pode comprometer nossa estabilidade, as condições de governabilidade e de legitimidade do próximo governo”.
A facada desferida contra Bolsonaro mereceu solidariedade e compaixão, mas não comoção em larga escala. O Datafolha ouviu 2.804 eleitores anteontem e constatou que, desde 21 de agosto, o representante da extrema direita oscilou de 22% para 24% da preferência, sem romper a margem de erro de dois pontos. Sua rejeição passou de 39% para 43%, muito além do índice de Marina Silva, que vem atrás com 29%.
Há empate quádruplo no segundo lugar da intenção de votos: Ciro Gomes, 13% (cresceu 3 pontos); Marina, 11% (despencou 5); Geraldo Alckmin, 10% (oscilou 1 para cima); e Fernando Haddad, 9%, (mais 5).
A morte do candidato Eduardo Campos foi sucedida em 2014 pela ascensão de sua antiga vice, Marina. Ferido, Bolsonaro patinou no Datafolha. Ele mantém eleitorado fidelíssimo, mas não o expande. Em nova evidência de que é candidato de classe, a Bolsa subiu 1,76% e o dólar caiu 0,94% no dia 6. Os investidores esperavam que o capitão, em quem confiam, disparasse nas pesquisas.
Os assassinatos do governador João Pessoa, em 1930, e do major-aviador Rubens Vaz, em 1954, mudaram ou aceleraram o rumo da história. Em 2018, a agressão a Bolsonaro não teve esse poder. Contra os perseguidores mais colados, três confrontos de segundo turno indicam seu revés. O melhor desempenho é um empate com Haddad (39% a 38% para o petista).
Dos cinco líderes, quem mais avançou foi o ex-prefeito, 125%. E isso que somente ontem, 11 de setembro, ele foi inscrito como candidato oficial à Presidência. Barrado pela Justiça, Lula escreveu uma carta-manifesto. Um trecho: “Nós continuamos vivos no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad”. É provável que o candidato do PT diminua em breve a distância para Bolsonaro. Terá ao lado a vice Manuela D’Ávila. A vigorosa campanha de Ciro possivelmente sofrerá com a descoberta, por muitos eleitores, de que ele não é o predileto do ex-presidente.
Não prevaleceram as previsões de que os adversários de Bolsonaro promoveriam viradas em suas campanhas, escapando de polêmicas com quem convalesce. O sórdido atentado contra o deputado não mitiga a sordidez dos seus ideais. Supor o contrário, e por isso tratar com indulgência o discurso obscurantista, seria contribuir para a derrota da democracia em outubro.
Jogral sombrio
À facada em Bolsonaro sobreveio o jogo duro de dois dos mais influentes oficiais do Exército. O general Mourão, na reserva remunerada. E o comandante da Força, general Eduardo Villas Bôas, no serviço ativo. Na Globonews, com a naturalidade de quem avisa não querer cebola na pizza de calabresa, o candidato a vice tratou como razoável o que ele reconheceu como “autogolpe” de um governante. “O presidente da República pode decidir empregar as Forças Armadas”; “é um autogolpe, você pode dizer isso”. “É uma hipótese”, adoçou, e não receita salgada para consumo imediato.
Mourão não tem mais nem um pelotão para dar ordens, ao contrário de seu conterrâneo gaúcho Villas Bôas. Em entrevista a O Estado de S. Paulo, o chefe do Exército associou a tentativa de homicídio contra Bolsonaro à legitimidade do próximo governante:
“O atentado confirma que estamos construindo dificuldade para que o novo governo tenha uma estabilidade, para a sua governabilidade, e podendo até mesmo ter sua legitimidade questionada. Por exemplo, com relação a Bolsonaro, ele não sendo eleito, ele pode dizer que prejudicaram a campanha dele. E, ele sendo eleito, provavelmente será dito que ele foi beneficiado pelo atentado, porque gerou comoção”.
Indagado pela repórter Tânia Monteiro sobre o registro da candidatura Lula, negado pelo Tribunal Superior Eleitoral, Villas Bôas tornou a abordar a legitimidade do eleito: “Preocupa que este acirramento das divisões acabe minando tanto a governabilidade quanto a legitimidade do próximo governo. Nos preocupa também que as decisões relativas a este tema sejam definidas e decididas rapidamente, de uma maneira definitiva, para que todo o processo transcorra com naturalidade”.
O comandante reiterou sua obsessão, ao opinar sobre a determinação do Conselho de Direitos Humanos da ONU para o ex-presidente ser opção nas urnas: “É uma tentativa de invasão da soberania nacional. Depende de nós permitir que ela se confirme ou não. Isso é algo que nos preocupa, porque pode comprometer nossa estabilidade, as condições de governabilidade e de legitimidade do próximo governo”.
Ele assegurou que “não há hipótese de o Exército provocar uma quebra de ordem institucional”. Na contramão, como se fosse um magistrado, incursionou em campo minado, estranho às suas atribuições legais: “O pior cenário é termos alguém sub judice, afrontando tanto a Constituição quanto a Lei da Ficha Limpa, tirando a legitimidade, dificultando a estabilidade e a governabilidade do futuro governo e dividindo ainda mais a sociedade brasileira. A Lei da Ficha Limpa se aplica a todos”.
A soberania nacional é fundamento constitucional da República. Sua “invasão” imaginada ofereceria pretexto para viradas de mesa golpistas, com ou sem estripulias armadas. Não cabe ao comandante da mais poderosa das três Forças tutelar as regras eleitorais.
Ao se pronunciar sobre a postulação de Lula e “o pior cenário”, Villas Bôas parece acenar com uma chantagem: se elegerem o petista, um correligionário dele ou outro candidato de desagrado da caserna, a escolha pode ser interditada como ilegítima. Ao contrário do que o general acredita, a divisão social se aprofunda com a violação da soberania do voto popular, e não com a submissão a ela.
Com seus devaneios sobre “intervenção militar” e “autogolpe”, o general Mourão têm composto com seu camarada Villas Bôas um jogral intimidador. Viúvas da ditadura se excitam e sonham com o futuro repetindo o passado.
A 25 dias do primeiro turno, bolsonarismo e golpismo consolidam seu amálgama. Todo figurão bolsonarista é golpista, embora nem todo golpista seja bolsonarista.
Declaração de guerra
É estultice pensar que a pregação da violência política justifica atos violentos contra o pregador. Não os autoriza, porém não apaga a história. Convencido das vantagens eleitorais de sua trêfega alusão a armas, Bolsonaro havia ensinado em julho uma menina a imitar um revólver ou uma pistola com o polegar e o indicador da mão direita. Em agosto, ele perguntou a um menino, uniformizado com réplica de farda da Polícia Militar, que segurava no colo: “Sabe dar tiro? Atira. Policial tem que atirar”.
Pouco depois das três e meia da tarde da quinta-feira, Bolsonaro teve a barriga penetrada por uma faca quando um apoiador o carregava nos ombros. Deu sorte, ali na esquina das ruas Halfeld e Batista de Oliveira: o agressor não portava arma de fogo, cuja posse generalizada o candidato preconiza. Logo se soube que o criminoso era um homem perturbado, de 40 anos, identificado como Adélio Bispo de Oliveira. Havia sido filiado ao PSOL de 2007 a 2014, mas dissolvera os vínculos com o partido de Guilherme Boulos.
“Quem mandou foi Deus”, disse o esfaqueador, cujas broncas mais cabeludas são com a maçonaria e Bolsonaro. Para ilustres partidários do deputado, o inimigo era outro. “Agora é guerra”, declarou Gustavo Bebbiano. O presidente do PSL não informou contra quem. “Se querem usar a violência, os profissionais da violência somos nós”, atemorizou o general Mourão. Ele sentenciou, em versão falsa, que o postulante à Presidência fora “covardemente atacado por um militante do Partido dos Trabalhadores”.
O pastor Silas Malafaia espalhou, noutra inverdade, que o aparente lobo solitário “é militante do PT e assessora a campanha de Dilma [Rousseff] ao Senado em Minas”. O senador Magno Malta compartilhou foto fraudada digitalmente para inserir Adélio perto de Lula em uma manifestação. À falta de argumento original, o general da reserva Augusto Heleno descreveu o celerado que feriu Bolsonaro como “um radical irresponsável, fiel a seus ideais marxistas”.
Tanto bolsonaristas quanto seus contendores difundiram teorias conspiratórias e cascatas caricaturais sobre o crime. Os concorrentes do capitão, contudo, repudiaram a violência e se solidarizaram com ele. Em março, o deputado afirmara que petistas haviam disparado os tiros contra a caravana de Lula. Bolsonaro é o único personagem da vida nacional que sugeriu publicamente o extermínio de 30 mil brasileiros
Morte à espreita
Aos 63 anos, Jair Messias Bolsonaro tangenciou a morte. Como o país assistiu em imagens em movimento, ao ser esfaqueado o candidato em campanha vestia uma camiseta amarela com a inscrição garrafal em verde “MEU PARTIDO É O BRASIL”. Sangrou pouco por fora, mas a lâmina lesionou uma veia que irriga o abdômen e, em quatro cortes, o intestino. A hemorragia interna consumiu 2,5 litros de sangue, cerca de 40% do volume que circula no corpo. Derrubou sua pressão para 8 por 4.
Bolsonaro chegou à Santa Casa de Misericórdia “em choque” e em “situação gravíssima”, de acordo com os médicos que o socorreram em Juiz de Fora. A cirurgia que o salvou durou duas horas. Pelo trabalho, o Sistema Único de Saúde pagará R$ 367,06 ao cirurgião vascular Paulo Gonçalves de Oliveira Junior. O doutor dividirá a remuneração com os colegas que atenderam Bolsonaro, relatou a repórter Consuelo Dieguez.
Na sexta-feira, deitado em seu leito, o candidato gravou um depoimento. Agradeceu a Deus, médicos e enfermeiros. Abatido, relembrou a investida: “Parecia apenas uma pancada na boca do estômago […]. A dor era insuportável, e parecia que tinha algo mais grave acontecendo”. Lamentou se ausentar do desfile militar do 7 de Setembro. E falou: “Nunca fiz mal a ninguém”.
Na manhã de sábado o transferiram para São Paulo, onde Bolsonaro posou simulando atirar. A legenda para a foto bem poderia ser “Porque é da minha natureza”.
Tanto bolsonaristas quanto seus contendores difundiram teorias conspiratórias e cascatas caricaturais sobre o crime. Os concorrentes do capitão, contudo, repudiaram a violência e se solidarizaram com ele. Em março, o deputado afirmara que petistas haviam disparado os tiros contra a caravana de Lula. Bolsonaro é o único personagem da vida nacional que sugeriu publicamente o extermínio de 30 mil brasileiros
Morte à espreita
Aos 63 anos, Jair Messias Bolsonaro tangenciou a morte. Como o país assistiu em imagens em movimento, ao ser esfaqueado o candidato em campanha vestia uma camiseta amarela com a inscrição garrafal em verde “MEU PARTIDO É O BRASIL”. Sangrou pouco por fora, mas a lâmina lesionou uma veia que irriga o abdômen e, em quatro cortes, o intestino. A hemorragia interna consumiu 2,5 litros de sangue, cerca de 40% do volume que circula no corpo. Derrubou sua pressão para 8 por 4.
Bolsonaro chegou à Santa Casa de Misericórdia “em choque” e em “situação gravíssima”, de acordo com os médicos que o socorreram em Juiz de Fora. A cirurgia que o salvou durou duas horas. Pelo trabalho, o Sistema Único de Saúde pagará R$ 367,06 ao cirurgião vascular Paulo Gonçalves de Oliveira Junior. O doutor dividirá a remuneração com os colegas que atenderam Bolsonaro, relatou a repórter Consuelo Dieguez.
Na sexta-feira, deitado em seu leito, o candidato gravou um depoimento. Agradeceu a Deus, médicos e enfermeiros. Abatido, relembrou a investida: “Parecia apenas uma pancada na boca do estômago […]. A dor era insuportável, e parecia que tinha algo mais grave acontecendo”. Lamentou se ausentar do desfile militar do 7 de Setembro. E falou: “Nunca fiz mal a ninguém”.
Na manhã de sábado o transferiram para São Paulo, onde Bolsonaro posou simulando atirar. A legenda para a foto bem poderia ser “Porque é da minha natureza”.
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