Os bancários de todo o país ingressam nesta quarta-feira (2) no 14º dia
da sua greve nacional. Segundo balanço da Confederação dos Trabalhadores
no Ramo Financeiro (Contraf), a paralisação já é a maior e a mais longa
da história recente da categoria. Neste início de semana, a adesão à
greve cresceu com o fechamento de 11.822 agências e centros
administrativos em vários estados. Apesar disto, os bancos ainda se
recusam a voltar à mesa de negociações, o que demonstra a sua
intransigência e o desrespeito com os clientes.
Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e
coordenador do comando nacional dos bancários, "esta já é a maior greve
da categoria dos últimos 20 anos. Não apenas a paralisação cresce a cada
dia em todos os estados, como os bancários estão indo às ruas em
manifestações e passeatas junto com outras categorias de trabalhadores,
como ocorre esta semana com os petroleiros. A mobilização serve para
demonstrar a indignação dos bancários com os bancos, que têm no Brasil
os maiores lucros e a mais alta rentabilidade do sistema financeiro
mundial, pagam salários milionários a seus executivos e desrespeitam os
trabalhadores que produzem esses resultados".
A greve nacional dos bancários foi deflagrada em 19 de setembro. Ela foi
uma resposta à arrogância dos banqueiros, que em cinco rodadas de
negociações propuseram apenas a reposição da inflação e recusaram as
demais reivindicações da categoria. No primeiro dia de paralisação foram
fechadas 6.145 agências e departamentos nos 26 estados e no Distrito
Federal. Após quase duas semanas, a greve cresceu 79,2%. "O recado dos
trabalhadores é claro. A greve continuará crescendo enquanto não houver
aumento real, valorização dos pisos, melhoria da PLR, proteção do
emprego, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de
oportunidades", conclui Carlos Cordeiro.
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