quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Breve metáfora olímpica para escancarar os mecanismos do imperialismo estadunidense.

Alexandre De Oliveira Périgo
Um bando de nadadores dos EUA saem pela noite do Rio de Janeiro.
Promovem algazarras, arrumam confusão, depredam um posto de gasolina e voltam à vila olímpica somente de manhã, completamente bêbados.
Para não serem penalizados pelo comitê olímpico dos EUA, inventam deliberadamente terem sido vítimas de um assalto.
Todas as autoridades brasileiras sem esperar apuração alguma dos fatos fazem imediatamente copiosos pedidos de desculpas às "vítimas da violência carioca".
Mas a história do assalto é muito mal contada e os vídeos de diversas câmeras de segurança transformam a versão dos nadadores em pó.
A polícia carioca resolve apurar melhor os fatos e impede que os atletas envolvidos embarquem de volta para os EUA.
O jornal USA Today então publica um virulento editorial criticando duramente o Brasil e a organização dos jogos por "exporem estadunidenses aos riscos de uma cidade bruta como o Rio de Janeiro" e pelo "totalitarismo de não permitir que os nadadores voltem à sua pátria".
Pois não é que hoje, pese-se todos os problemas sociais e de violência no Brasil, dois dos envolvidos admitiram a mentira sobre o "assalto"?
É que para alguns "yankees" vale mais comprometer a imagem de um país, anos de planejamento de um evento global e bilhões de dólares investidos que admitir um erro pessoal; afinal de contas, para essa gente o Brasil é um país de merda mesmo e um assalto a mais ou a menos não chega nem a ser problema - ainda que seja apenas uma invenção com o intuito egoísta de livrar a própria bunda da responsabilidade de seus atos.
É lógico que o USA Today nada publicará em tom de desculpas ou "mea culpa"; a lógica imperialista reza que quando o assunto envolve norte-americanos, brasileiros - e todo o resto do mundo - estão errados aprioristicamente.
Fico apenas a imaginar o que aconteceria com três ou quatros atletas brasileiros que fizessem metade dessa pataquada lá nos EUA.
Provavelmente já estariam erguidos em paus de arara na prisão de Guantánamo.
Porque o imperialismo se revela principalmente na mentalidade dos dominadores e em suas decorrentes atitudes mundanas, meus queridos; é tudo uma questão de postura, sempre protagonizada pela arrogância dos opressores e por sua absoluta certeza da inegociável submissão do outro - fatos e razões à parte.
Querem saber?
Foda-se Lochte, o imbecil protagonista desse imbróglio que até agora mantém covardemente sua história estapafúrdia e cuja visão de mundo escancara o modo de pensar da maioria de seus compatriotas.
Fodam-se os nadadores dos EUA.
Fodam-se os EUA, medalha de ouro em hipocrisia e autoritarismo travestidos de senso democrático.
E por fim deixo um "foda-se" triplo carpado a todos os brasileiros subservientes que cultuam essa nação terrorista e - excluídas aqui as pouquíssimas exceções de praxe - seus arrogantes habitantes que acham que o planeta Terra é nada mais que seu quintal.

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